sábado, 15 de novembro de 2008

Hotel Ruanda

Há algum tempo vi no perfil de um amigo, estudante de relações internacionais, um comentário sobre o filme Hotel Ruanda. Tava baixando alguns filmes na Internet e resolvi incorpora-lo a minha lista. O filme foi baixado, adicionei à pasta "Meus Vídeos" e por lá ficou. No terceiro ano pensei em vê-lo quando estava estudando África em História Geral, para ilustrar os estudos. Mas acabei não fazendo isso...

Decidi ficar em casa hoje, coisa rara sendo um sábado a noite, mas pretendia estudar, ou pelo menos dormir cedo para fazer isso amanhã de manhã. Como fiquei sozinha tive que preparar meu jantar, e para acompanhar resolvi assistir algum desses filmes salvos no PC. Eis que reencontro Hotel Ruanda...

Com alguns minutos de filme repensei se iria mesmo assisti-lo jantando...
O filme é barra pesada, mas vale MUITO a pena ser visto.
Para quem não viu aí está o trailler, pra saber do que se trata:



A Ruanda* é um pequeno país que, como todo o continente africano, foi colonizado e explorado pelos europeus, tiveram suas fronteiras definidas quase que arbitrariamente e, principalmente, sem levar em conta os povos que ali já viviam. Entre compra, venda e trocas de terras, os Belgas chegaram por lá e instinuiram um sistema que previlegiava uma certa etinia, os tutsis, gerando assim uma grande disputa entre estes e os hutus, a outra etinia que habitava aquelas terras.
Em um momento do filme um repórter estrangeiro tenta entender a diferença entre tutsis e hutus e a explicação que lhe dão é o tamanho do nariz. Ou seja, a diferença entre dos povos, que lutaram pelo poder de um país e cometeram genocídios, era que um tinha o nariz "batatudo" e o outro o nariz mais fino - fazendo-os assim povos diferentes, e até inimigos.

Isso é surreal.
Por que os dois povos não podem ser um só?
O que a diferença entre o tamanho dos narizes representa, de verdade?

Voltamos então ao post do Obama, e ao assunto do preconceito, que essa que vos escreve tem sérias dificuldades de aceitar.
Mataram milhares de pessoas nesta guerra entre hutus e tutsis... por que? Disputa de poder? Talvez se fosse só isso era possivel expulsar a outra etnia. Não precisava matas todos...
Durante o filme, os soldados hutus chamam os tutsis de baratas. Há realmente um ódio entre os com-nariz-de-batata e os com-nariz-fino. Mais do que poder, há nojo entre uma "raça" e outra. E pior, esse ódio foi gerado a partir de terceiros, os colonizadores.

Não consigo aceitar como podem considerar uma raça inferior a outra. Não acredito que a cor da pele diga mais do que sobre da onde você veio, que cor devem ser seus ancestrais. Não é por que o cara é negro que ele é burro. Não é por que ó cara é árabe que ele é terrorista. Não é por que o cara é japonês, chinês, coreano, latino americano, africano que ele é qualquer coisa!!
Há pessoas crueis em todos os lugares. Se as "raças" são diferentes, há também diferenças dentro das "raças". Cada um tem a sua história e somo seres extremamente complexos. Independe da cor, religião, opção sexual.
Não é possivel julgar ninguém assim.
Aliáis, nem sei se é possivel julgar alguém....





* Se vc não sabe aonde fica a Ruanda:



(vale a pena dizer que esse texto é baseado em opiniões pessoais, no filme sitado e em informções da internet)

4 comentários:

Anônimo disse...

e ai luka, daniel (daniboy) escrevendo.


ainda não vi esse filme infelizmente, sempre esqueço de baixar..

teve um ano, acho q foi qnd eu tava n 2º ano tb (já se vão 4 anos uhauhua) cansei de ouvir falar da guerra civil entre tutsi e hutus

A parada por lá é barra pesada mesmo. O pior que essa coisa de colonização e criação de fronteiras entre paises colonizados, no meu ver, na época que aconteceu, me parece ser uma coisa sem retorno (há não ser que todo o projeto de colonização africana fosse largado pelos europeus).

Infelizmente eu considero que a situação, não só de Ruanda, está a um "pentelhesimo" de ser irrecuperavel, isso se já não for.

Sobre o lance da intolerância entre tutsis e hutus, não posso sair falando baseado no filme. Mas seguinte, até o momento que eles podiam escolher para onde ir não deveria ter um grande problema de intolerancia, afinal se um tutsi tá ali, eu (sendo um hutú) posso ir para o outro lado. Quando vem e falam, vcs só tem um certo pedaço de territorio para circular livremente e afonte de água local está mais perto de uma tribo do que de outra, aí o bicho pega. Afinal, vc não tem mais opções.
E de novo, vem o colonizador fdp e fala, "vcs me dão ouro (ou qlqr coisa e valor)? então ta blz, eu te dou essas armas mais avançadas e vcs podem acabar com a outra tribo".
pronto, começem a festa e está instalada a guerra civil.

bom, é isso..
to achando que escrevi demais e não falei nada hahahahhahahaa

Luka disse...

to é muito mais compelxo do que abordei... clario...
Mas quis falar do filme e da minha visão sobre essa história toda... guerra, preconceito, julgamentos...

que bom que vc comentou!
e que continua visitando o blog! =)

beijos!

Anônimo disse...

atualização, atualização... uhauhauhahua

Cacá disse...

Filha, a intolerância racial e religiosa sempre existiu infelizmente! Veja o que acontece na faixa de gaza!
Realmente é muito triste!
Que bom que você pensa assim!
Beijos, mamãe