quarta-feira, 5 de novembro de 2008

EUA e seu novo presidente

Em 2001, meu padrinho me convidou para visita-lo nos EUA. Eu, como toda criança, tinha o sonho de ir à Disney. Mas me contentei de ir a Houston, onde ele morava, e a San Antonio, cidade vizinha que tem alguns parques temáticos. Foi a primeira vez que fui para fora do país e adorei a viagem.
Só uma coisa me chamou muita atenção: a segregação racial naquele país.
Minha tia me levou ao supermercado "de branco" (muito chique e arrumado) e "de latinos" (com muitas frutas - verdes, em sua maioria - leite condensado e pão de queijo). Não entendi muito bem como é que funcionava essa história...
Eles eram proibídos de entrar no mercado dos outros?
Não, não eram. Mas simplesmente não entravam. Era da "cultura" deles e ninguém ali parecia achar aquilo muito estranho...

Alguns anos depois, estudando história dos EUA na escola, soube da existência da Ku Kux Clan. Fiquei horrorizada. Como boa brasileira misturada achava (e ainda acho) um absurdo coisas como essa. (Isto por que estou falando só dos EUA e não citei Hitler, as guerras Palestina, enfim.) Para mim - mistura de holandês com negro, índio com português e com árabe, italiano e alemão na família - essas preconceitos e teorias de "raças" inferiores sempre foram surreais.

Só que hoje parece que a história tomou outro rumo...



Barack Obama, o primeiro presidente negro dos EUA foi eleito.
E olha! Uma mistura: pai negro, queniano, e mãe branca!
Alguns podem achar que o fato dele ser negro não faz diferença. Mas eu discordo. Antes de hoje uma criança negra não sonharia em ocupar, talvez, o cargo mais importante do mundo.
Pelo menos no que se trata de "raça", preconceito, descriminarão acho que evoluímos...

A importância dos EUA é incontestável, eles conseguiram vender o way of life para todo o mundo de uma maneira exepcional. Hoje todos nós falamos english, consumimos produtos made in EUA, vemos filmes de Hollywood, e acompanhamos as eleições deste, que se tornou a maior potência mundial.
Obama parece ser a esperança nos EUA. Aquele que veio para mudar a maior democracia do mundo, que tantas vezes é tão injusta.
E parece que a mudança veio.

No Brasil um presidente metalúrgico, na Bolívia um índio, nos EUA um negro. realmente parece que o mundo anda meio de cabeça para baixo.
Não que isso seja ruim, pelo contrário, acho sempre importante ver as coisas de outros ângulos, especialmente o "ao contrário".
Mas o mundo tá mudando muito rápido. Muito mesmo. Mudando de tudo: tecnologia, comunicação, informação, política. Mamãe falou que há 10 anos disse ao papai que não acreditava que um presidente negro assumiria os EUA. E tá aí, né.

Agora, previsões com mudanças tão rápidas acontecendo, no way...
Impossível dizer como essa transição Bush-Obama vai acontecer. Impossível dizer se ele vai ser um bom presidente. Como vai ficar o mercado, Wall Street. Como serão as relações internacionais, a ONU, a OTAN e tantos outros orgaos. Impossivel prever como ficará agora o Oriente Médio. Impossível prever...

Espero, inclusive, que Nostradamus também não tenha conseguido... afinal, teriamos daqui a pouco a terceira guerra mundial.


E lá, é só comemoração.

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